Por que as pessoas, quase sempre, tratam o tema de redação como subjetivo? Afinal, o que é entendido por “subjetividade”? O que não está “totalmente” claro, então, é subjetivo? Ou é aquilo que pode ser escrito “livremente”? Embora a tarefa de redação passe pela subjetividade de quem a produziu, o que interessa no momento da produção textual é a relação estabelecida entre o sujeito (autor) e a leitura feita do tema. Isto é, é preciso, nesse momento, muita clareza, senão, “todos” se apropriariam da noção de subjetivo e “se colocariam” a escrever aquilo que “querem”, mas não é assim. Mesmo carregando uma noção, às vezes, distorcida do termo, os alunos sabem aquilo que “pode e/ou deve ser dito”. Então, para esclarecer subjetividade, vamos observar uma noção a partir de Orlandi (2001, p. 99), a qual pontua que “subjetividade tem a ver com os sentidos possíveis que estão em jogo [para] uma posição-sujeito dada”. Ou seja, a subjetividade tem a ver com o modo como o sujeito (nesse caso, o produtor de textos) se “relaciona” com os efeitos de sentido que a tarefa produz: concepções, escolhas linguísticas, pontuação... Embora as palavras sejam carregadas de sentido, é o sujeito (autor) quem mantém maior ou menor identificação com elas, carregando-as ou não para sua produção textual. Logo, a subjetividade recai sobre as escolhas (mesmo que inconscientes) de quem escreve o texto. Assim, a subjetividade “submete o sujeito à língua. sem isto, não tem como subjetivar-se” (Ibidem, 2001, p. 100). Patrícia Curry
Resultados parciais da Redação - Parabéns a todos!!!
Milene Antunes - UFSM-2008 9,7 (maior nota daRedação)